REPRESENTAÇÃO




Quem você admirava quando criança? Quem que quando você olhava pensava: poxa quero ser igual a ele ou a ela!?

Uma pergunta não muito difícil de se responder. Eu mesmo já quis ser paquita, quis ser a Sandy, a Milli de Chiquititas, a Eliana, a integrante do extinto Trem da Alegria, entre muitas outras personalidades. Mas o que elas tem em comum afinal? Resposta fácil, são todas brancas.

Lembro bem da minha infância. Sempre me espelhei em artistas e personagens brancas. Como eu queria ser como elas. Cheguei ao absurdo de desejar clarear a pele e os cabelos para ser como elas. Me espelhar no Cirilo ou na Pata? De jeito nenhum! Eram considerados feios e menos importantes no grupo do qual faziam parte (Carrossel e Chiquititas). 

De acordo com uma reportagem do site Mundo Negro, na televisão brasileira apenas 3,7% dos apresentadores são negros (Leia Mais), fora os outros artistas. Olhando do lado de fora tv a história não é muito diferente. Percebemos que a maioria dos cargos de alta importância são em sua grande maioria ocupados por pessoas brancas. 

Esse nada mais é do que o reflexo de uma sociedade e de um mundo extremamente racista, onde nós negros somos sempre tachados como inferiores e não merecedores de destaque. 

Hoje vivemos uma luta diária por igualdade de direitos, entre eles o direito de sermos representados por alguém que realmente nos representa, que tenha mesma identidade étnica que nós, que conheça a nossa luta e vivencia dela.

Não é justo que crianças e adolescente, que estão em fase de desenvolvimento de caráter, personalidades e sonhos tenham que desejar embranquecer por não se sentirem e não serem representados.

Devemos mostrar o nosso valor, que somos capazes de conquistar o que queremos e de chegarmos onde queremos também. Nada pode nos impedir, a não ser a nossa vontade. E esse valor que devemos passar para os nossos jovens. 

Devemos passar o valor que realmente temos e não o valor que erroneamente dão para nós. Não precisamos de valores falsos. Precisamos de valores reais, de respeito, de colocação e oportunidades.

Se não tem quem o represente, seja você o representante.

Kelle Siqueira

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Comentários

  1. Muito bom o texto. Realmente, a representatividade do negro ainda é muito fraca na nossa sociedade, embora tenhamos alcançado algumas conquistas nesse sentido.
    Então, sigamos lutando e resistindo!!!

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